Bem curto, mas que diz muito e de maneira incrível nos fala com muita verdade sobre como nossa sociedade está construída e como escolhemos e nos convencemos que algumas situações são imutáveis e são a melhor solução.
Aqueles que abandonam Omelas são esse tipo de pessoa. E durante a leitura ficamos maravilhados com a cidade ficcional de Omelas, um local perfeito, cheio onde todos são extremamente felizes, tudo acontece perfeitamente e nada está errado.
Mas com o avanço da história começamos a ter uma sensação de que algo está errado e se realmente ali é um lugar maravilhoso como é descrito e a que preço.
Além de todo o malabarismo argumentativo para manter a maravilha que é viver em Omelas.
Desde o início somos apresentados a um local fictício, durante um festival de verão. A autora está sempre conversando conosco, apresentando as maravilhas da cidade, sua arquitetura e como a população é feliz.
Sempre que alguma característica positiva nos é apresentada a autora vem com questionamento se aquilo poderia ser real e tão maravilhoso, logo em seguida traz mais uma qualidade e maravilha da cidade ou sua população e volta a nos questionar como aquilo é maravilhoso e como seria possível viver ou existir tal cidade como Omelas. Isso vai criando uma sensação estranha de que algo errado não está certo, mas se tudo é tão perfeito o que poderia ser?
Chegamos ao momento em que nos é apresentado o que faz de Omelas essa cidade luz, maravilhosa de se viver e com habitantes tão felizes e contentes. E enfim temos o grande choque e a realidade bate a porta, não é algo simples e trivial, mas aterrador.
Somos forçados a questionar, como é possível que façam isso, tanto aqueles que permitem a continuidade da situação para a manutenção da felicidade de Omelas, mas principalmente aqueles que a abandonam e quanto isso é realmente indiferente.
Um conto curto, que lido em uma respirada nos deixa ao final sem ar e com um gosto amargo na boca de que na verdade Omelas está aqui e em vários momentos apenas escolhemos abandoná-la nos enganando que isso pode ser alguma forma de repúdio.
Abraços a todos e boa leitura.
P.S.: O conto pode ser lido de maneira gratuita graças ao projeto Cápsula, só clicar aqui.
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